
Em meio à pandemia da Covid-19, no Brasil, há quem encontre tempo para criticar a vacinação, ignorar o vírus e suas consequências. E o pior, espalhar desinformação. Nesse perigoso jogo, quem perde é o povo brasileiro, que diante de líderes mal preparados, se entregam ao medo e à insegurança no plano de vacinação contra a Covid-19.
Leia também: Papa critica ‘negacionismo suicida’ e diz que se vacinará esta semana
Em Goiás, o governador Ronaldo Caiado (DEM) sancionou no dia 13 de janeiro, lei que autoriza goianos a não tomarem a vacina. O estado contabiliza mais de 7 mil mortos pela doença. O ministro da Saúde, Pazuello, declarou em dezembro que todos deveriam assinar termo de consentimento para tomar o imunizante: “terão que assumir compromisso por escrito’.
Representantes do negacionismo na Câmara
Já na Câmara dos Deputados, chegam projetos de lei sugerindo que o governo seja proibido de transferir tal responsabilidade ao cidadão. A proposta pretende evitar qualquer medida que possa dificultar o acesso à vacinação.
Por outro lado, projetos de lei pedem a punição de agentes públicos por vacinação obrigatória em caso de efeito colateral grave ou morte.
O líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon (RJ), começou na terça-feira (19) a coletar assinaturas para a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Coronavírus (CPMI). “O Brasil tem uma das piores respostas do mundo no enfrentamento à Covid-19, com milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas. O parlamento brasileiro tem o dever de investigar e fazer com que Bolsonaro e seus auxiliares prestem contas à Justiça por eventuais crimes que tenham cometido”, afirmou.
Correndo atrás do prejuízo
Enquanto os Estados avançam no plano de imunização contra a Covid-19, o governo federal corre para mudar o discurso. Em conversa com apoiadores, Jair Bolsonaro passou a chamar as vacinas aprovadas pela Anvisa no último domingo (17), de “vacinas do Brasil”.
No Planalto, a equipe se desdobra para emplacar campanha publicitária de vacinação contra a Covid-19. As primeiras peças devem sair ainda nesta quarta.
Cientistas, artistas e políticos pró-vacina, fazem movimento nas redes sociais e WhatsApp para mostrar eficácia dos imunizantes com mensagens simples e diretas desmentindo notícias falsas. A ideia é sanar dúvidas sobre a eficácia das vacinas e engajar para a imunização.