O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após votações em plenário nesta terça-feira (6), proclamou de forma oficial Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) como presidente e vice-presidente da República eleitos.
A corte analisou a prestação de contas da chapa vitoriosa nas eleições e a totalização dos votos. Em ambos os casos os relatórios foram aprovados, encerrando-se assim o ciclo eleitoral e deixando o caminho livre para a diplomação de Lula e Alckmin, marcada para a próxima segunda-feira (12).
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O relator do processo das contas, ministro Ricardo Lewandowski, acolheu integralmente o parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE), que recomendou a aprovação da prestação feita pela chapa sem ressalvas.
Com relação à totalização dos votos, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, informou que foram apurados um total de 124.252.796 votos. “É importante citar neste momento a inexistência de processo em que se questiona a inelegibilidade para presidente e vice-presidente da República nestas eleições, não havendo qualquer óbice à proclamação do resultado definitivo”, disse Moraes.
A partir da diplomação, Lula e Alckmin ficam aptos para exercer o mandato. O novo governo, entretanto, será iniciado após a cerimônia de posse, marcada para 1º de janeiro de 2023.
Reavaliação da segurança de Lula
O esquema de segurança do presidente eleito Lula está passando por uma reavaliação. Um grupo de cerca de 100 manifestantes contrários ao petista se concentrou em frente ao Hotel Meliá, onde ele está hospedado em Brasília, nesta segunda-feira (5). Agentes de segurança ouvidos pelo Poder360 avaliam que o grupo poderia ter forçado a entrada.
A segurança de Lula é feita principalmente por integrantes da PF e também conta com a ajuda da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Quando o ato se dispersou, integrantes da segurança do petista e da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal discutiam o que fazer.
A dinâmica dos protestos contra o resultado das eleições desafia os protocolos de Brasília. A realização dos atos é imprevisível, enquanto a secretaria está acostumada a ser informada com antecedência de manifestações e preparar a segurança.
Os manifestantes chegaram ao local em 3 ônibus logo depois do jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo.
Uma das hipóteses em discussão é criar um perímetro de segurança em torno da entrada do hotel. Nos primeiros momentos da manifestação havia apenas 6 agentes de segurança, sem o equipamento para conter multidões, protegendo a entrada.
Reforços da PMDF só chegaram depois. Agentes da segurança de Lula ficaram com a impressão de que os primeiros policiais militares que chegaram ao local pouco ajudaram.