Após 28 dias no cargo, o ministro da Saúde, Nelson Teich, não aguentou a pressão e pediu demissão nesta sexta-feira (15).
A ‘fritura’ política de Teich já havia se tornado um assunto recorrente há pelo menos duas semanas, em razão das divergências com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), principalmente em relação ao uso da cloroquina para o combate ao coronavírus e sobre o fim do isolamento social.
Ciente de que Teich estava no limite, Bolsonaro já tinha decidido mostrar que não dependia dele para tocar seu programa na pasta. Por isso, teria deixado vazar o convite ao general Eduardo Pazuello, número dois da Saúde. Pazuello confirmou que, caso Teich saísse, aceitaria o comando do ministério.
Outro cotado para assumir a gestão da saúde no pico da pandemia é o ex-ministro da Cidadania, Osmar Terra (MDB-RS).
‘Fritura’
Na última terça (13), Teich cancelou uma coletiva de imprensa em que faria o anúncio das diretrizes para que o país iniciasse a saída do isolamento social. A suspensão do evento ocorreu no mesmo dia em que o presidente voltou a defender o uso da cloroquina e pediu ministros ‘afinados’ com seu discurso a respeito do medicamento.
Outra saia-justa pública entre o presidente e o ministro ocorreu no mesmo dia, quando Teich foi pego de surpresa, tendo de responder a repórteres sobre o decreto presidencial que incluía academias, barbearias e salões de beleza entre os 57 serviços essenciais no Brasil.
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