
Depois de idas e vindas em relação ao novo programa social do governo — o Renda Cidadã —, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, disse nesta segunda (16) que o Bolsa Família será reformulado. Contudo, sem previsão de recursos novos, mantendo os RS 34,8 bilhões previstos para 2021. De acordo com o Globo, o ministro afirmou que as mudanças deverão ser anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro no início de dezembro.
Sem consenso sobre a fonte de recursos para incluir os trabalhadores invisíveis até a pandemia, o que exigiria corte em outros programas sociais, a estratégia é executar um plano mais tímido, mudando apenas a sistemática do Bolsa Família.
Aval de Bolsonaro
Serão incluídas questões de mérito, com premiação em dinheiro para famílias de alunos com bom desempenho escolar e inclusão de portas de entrada, como voucher para gestantes da baixa renda, e de saída, espécie de intermediação entre beneficiários e empresas que buscam trabalhadores.
O projeto prevê a migração do Bolsa Família para uma plataforma digital, com a inclusão de todos os beneficiários do Cadastro Único (CadÚnico) do Ministério da Cidadania e todos os auxílios pagos pelo governo federal a essas pessoas. A intermediação de mão-de-obra será feita via uso de inteligência artificial.
Experiência com Caixa Tem
A ideia é aproveitar a experiência da Caixa Econômica Federal no pagamento do auxílio emergencial por aplicativo de celular, o Caixa Tem.
“É um programa inovador que passa muito por essa experiência do auxílio emergencial. Vamos fazer o encontro entre quem precisa do emprego e quem tem o emprego para oferecer”, disse o ministro Onyx em evento no Palácio Guanabara.
Ele afirmou que o programa já está pronto, faltando apenas o aval do presidente Jair Bolsonaro.
“O presidente sempre quis porta de entrada, porta de saída, incluir mérito no programa. Desde novembro do ano passado estamos trabalhando nisso. O programa está pronto, já foi apresentado para o presidente, só falta ele dar o ok”, disse o ministro.
Com informações do O Globo