Os manifestantes que desejam ir às ruas para fazer suas vozes serem ouvidas precisam tomar todas as precauções para não pegar ou transmitir o novo coronavírus, já que a pandemia está longe de terminar, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira (5).
A mensagem da OMS foi publicada em meio a protestos em andamento nos Estados Unidos após o assassinato de um homem negro, George Floyd, cujo pescoço foi prensado por um policial branco, e preocupações de uma “segunda onda” de infecções em países onde o lockdown foi aliviado.
“Só acabará quando não houver vírus em todos os lugares do mundo”, disse a porta-voz da OMS, Margaret Harris. “Então, todas as coisas que temos dito (ainda) se aplicam. A melhor precaução é ficar a um metro de distância um do outro, lavar as mãos, garantir que você não toque na boca, nariz e olhos.”
“Certamente vimos muita paixão nesta semana, vimos pessoas que sentiram a necessidade de manifestar seus sentimentos, mas pedimos que lembrem: protejam a si e aos outros, o coronavírus está por toda parte, protejam a si mesmos e aos outros enquanto se manifestam.”
Alto número de infecções nas Américas
Em coletiva de imprensa virtual em Genebra, Harris também descreveu as taxas de infecção galopantes nas Américas – o principal ponto de infecção do vírus no mundo – como “profundamente perturbadoras”.
Segundo os dados mais recentes da OMS, os EUA registraram mais de 106 mil mortes pela doença e mais de 1,8 milhão de infecções foram confirmadas.
Já o Brasil, maior país da América Latina, possui 35.026 óbitos registrados e 645.771 casos confirmados.
Os governos precisam urgentemente “testar, rastrear, encontrar todos os que potencialmente pegaram o vírus” como a melhor maneira disponível de erradicar a doença, disse Harris, acrescentando que essa foi a única forma com a qual muitos países com tradições e culturas diferentes conseguiram achatar as curvas de infecção.
Com informações da ONU Brasil