A declaração de Jair Bolsonaro (sem partido) aos 1.452 mortes, o maior número em um único dia em 2021 pela Covid-19, causou mais uma enxurrada de críticas ao presidente. Nesta quinta-feira (11), o Brasil chegou a 236.397 óbitos causados pelo coronavírus desde o início da pandemia, com o acréscimo recorde de mortos em 24 horas. Na tradicional live semanal, no entanto, Bolsonaro mais uma vez mostrou descaso com as milhares de vidas brasileiras perdidas ao longo da pandemia.
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O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) mostrou indignação à fala de Bolsonaro diante da dor de milhares de brasileiros que perderam pessoas próximas em decorrência da Covid-19.
Relatora da CPMI das Fake News, a deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA) afirmou que o Brasil está diante “de um governo que prefere armas a vacinas. Ou seja: prefere a morte à vida”, afirmou. Em seu perfil no Twitter, a parlamentar baiana ainda disse que Bolsonaro o momento vivido pelo país é reflexo da postura negacionista de Bolsonaro! “Nós estamos atrasados na vacinação do povo brasileiro. Não é possível continuar com esse presidente que despreza a vida do cidadão. Impeachment já, agora!”, pediu.
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) atribuiu o elevado número de mortes de brasileiros e brasileiras pela Covid-19 à gestão irresponsável da pandemia conduzida pelo mandatário.
Falência institucional
68 milhões de famílias sem auxílio
O também psolista Marcelo Freixo (RJ) destacou o alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o risco da variante do coronavírus em Manaus (AM) e criticou a falta do auxílio emergencial.
“Não adianta chorar”
A candidata derrotada à prefeitura de Porto Alegre (RS), Manuela D’Ávila (PCdoB), também comentou a declaração do chefe do Executivo. Ela atribuiu o elevado e crescente número de mortes por covid à ausência de políticas de isolamento social.
O jornalista Leonardo Sakamoto também fez um post para compartilhar um texto dele, no qual destaca a sugestão de que o povo brasileiro “engula o choro” em decorrência das milhares de mortes causadas pelo coronavírus.
‘Desprovido de amor ao próximo’
O presidente do PCdoB-MA, Márcio Jerry, ressaltou a crueldade de Bolsonaro e o usual desdém com as vidas humanas.
Número de mortes pela Covid só cresce
O levantamento dos óbitos por covid é feito por consórcio de veículos de imprensa. Até então, o maior número de óbitos diários em 2021 havia sido registrado em 28 de janeiro (1.439).
A média móvel de óbitos dos últimos sete dias — 1.073 — também é a maior registrada neste ano. Este é o segundo maior período em que o Brasil apresenta média de mortes acima de mil em toda a pandemia. Ao todo, já são 22 dias. A sequência mais longa ocorreu entre 3 de julho e 2 de agosto (31 dias).