Sob o comando do presidente Jair Bolsonaro, o país patina para avançar na educação básica e no ensino superior
Divulgado nessa quinta-feira (2), dados do Relatório do 3º Ciclo de Monitoramento das Metas do Plano Nacional de Educação (PNE), produzido pelo governo federal, mostram que no primeiro ano do governo Jair Bolsonaro (sem partido) houve estagnação na educação.
Criado em 2014, o PNE estipula metas educacionais para serem alcançadas até 2024. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC), tem a responsabilidade de publicar acompanhamentos periódicos.
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A taxa de alunos registrados em escolas de tempo integral permaneceu praticamente o mesmo do ano passado. Em 2018, o Brasil 14,4%, enquanto no ano passado subiu apenas para 14,9%.
Se compararmos com 2015, o retrocesso foi grande, já que alunos com carga horária estendida era de 18,7%. A meta para 2024 é chegar a 25%.
A educação profissional técnica de nível médio também ficou estagnada. O país registrava no ano passado 1.874.974 alunos na modalidade, contra 1.869.917 em 2018. Com relação ao ensino superior, a taxa bruta de matrícula foi de 37,4% nos dois anos.
Outra taxa que também empacou foi a alfabetização de jovens a partir dos 15 anos. O índice era de 93,2% em 2018 e passou para 93,4% no ano passado.
Educação sem comando
A divulgação do relatório ocorre após Abraham Weintraub deixar o cargo no dia 18 de junho por se envolver em ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e Bolsonaro indicar um novo ministro que possui uma lista extensa de “fake news” em seu currículo.
Como resultado da má gestão, o MEC teve deficiências na execução orçamentária em 2019, sobretudo com relação a transferências de recursos para estados e prefeituras. A Folha apontou no mês passado que cerca de 60% dos gastos realizados pelo ministério até abril deste ano referem-se a compromissos assumidos no ano passado, mas que não haviam sido executados.