As ideias inovadoras potencializam novas formas fazer a vida acontecer. Mas nem sempre elas surgem tão facilmente, deixando aquela sensação de que a criatividade foi embora. Afinal, em quais momentos você costuma ter boas ideias?
A questão é posta pela Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios, ao tratar de artigo da empresária Dina Smith, escrito para o portal Fast Company.
No artigo, Smith que é proprietária da empresa de consultoria Cognitas conta a história de sua cliente Amber, vice-presidente de uma companhia de tecnologia. A executiva relatou à ela situações de mal-estar e bloqueios criativos no trabalho.
Amber notou que a nova rotina de trabalho imposta pela pandemia da Covid-19, com trabalho permanente em frente ao computador, havia afetado seus pilares de ideias criativas.
Dina afirma que a cliente relatou estar trabalhando mais duro do que nunca e embora tivesse muitas ideias excelentes, elas simplesmente não estavam mais fluindo.
De acordo com ela, para que esse estado de clareza metal ocorra mais facilmente, criando condições para que surja uma grande ideia ou solução, aparentemente “aleatória”, o cérebro precisa estar em um certo estado.
“Especificamente, seu cérebro precisa estar em um estado relaxado e positivo e não trabalhando diretamente no problema”, explica.
Segundo Smith, quando há um problema complexo para resolver, “é preciso fazer o trabalho inicial de coletar informações e perspectivas. Mas depois, afaste-se”.
Por isso, as ideias podem vir a qualquer momento, nos lugares mais inusitados, como durante um banho ou uma caminhada. E, de acordo com consultora, é importante rastrear e valorizar esses momentos
“quando você está relaxado, se sentindo positivo, e não focado no problema ou situação, você cria as condições que favorecem o insight”, explica Dina Smith.
Partindo dessa compreensão, a consultora elencou três passos que podem ajudar a desbloquear o pensamento criativo e deixar surgirem ideias que solucionem problemas. Confira a seguir:
Identifique e proteja seu “tempo de ouro” para ter ideias
Smith sugere que você identifique quando e onde teve aqueles momentos de clareza, em que, de repente, conseguiu resolver um problema persistente. Também vale detectar quando ganhou um novo entendimento sobre uma situação complicada ou teve uma nova ideia.
Aquele “Aha!”
Esses momentos de discernimento valem ouro. Por isso proteja-os, aconselha ela.
Amber, por exemplo, reconheceu que costumava ter ótimas ideias durante o trajeto ou depois de almoçar com colegas no escritório, o que fazia religiosamente todos os dias da semana.
Crie novos hábitos que propiciem o insight
Um dos efeitos colaterais do trabalho remoto (em casa), que tem mantido as pessoas por horas diante do computado, é o estresse pela sensação de trabalhar por mais tempo. Nessa condição, avalia Smith, é menos provável que você experimente um pensamento inovador ao tentar resolver problemas complexos.
Mas Amber também encontrou uma saída para isso. Sem perspectiva para o fim do trabalho remoto, ela estabeleceu um novo hábito para aproveitar esse “tempo de ouro”: passou a fazer caminhadas diárias para relaxar e deixar a mente vagar.
Prepare-se para capturar ideias
Smith conta que, quando está caminhando costuma ditar pensamentos para o celular. Também quando dirige faz exercícios, falando para a Siri lembrá-la de algo.
Outra dica é manter um pedaço de papel perto da cama. Muitas ideias podem aparecer nesse momento de repouso, que pode ser o seu “tempo de ouro”. A disposição vem quando as ideias aparecem, por isso, não as deixe escapar.
Por fim, ela aconselha: “identifique e proteja esses momentos, crie novos hábitos que induzam a criatividade no seu dia e esteja pronto para capturar suas melhores ideias e pensamentos”