
O senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) apresentou um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (29) para tentar barrar candidatura de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato do governo Bolsonaro e hoje favorito à presidência do Senado. A informação foi divulgada no fim da sexta-feira (29), pela CNN Brasil.
Leia também: Candidato de Bolsonaro ao comando do Senado diz não ver ameaças do presidente à democracia
A definição do próximo presidente do Senado e a abertura do ano legislativo no Congresso Nacional marcam, a partir da próxima segunda-feira (1º), uma nova configuração política no âmbito do Poder Legislativo. Na ação, Kajuru diz que o atual presidente, Davi Alcolumbre (DEM-AP), faz “intervenções e cooptações” pró-Pacheco. No STF, Nunes Marques se tornou o relator do pedido.
“Rodrigo Pacheco é candidato à Presidência do Senado para a sucessão de Alcolumbre no biênio 2021-2022, apoiado por este e pelo presidente Jair Messias Bolsonaro. Para garantir a eleição do seu escolhido, Bolsonaro tem feito inúmeras intervenções e cooptações, o que inclui distribuição de cargos e liberação de emendas”, diz o parlamentar em trecho da ação.
‘Atentado à democracia’
Segundo o senador, a prática, ainda que corriqueira e histórica, é um atentado à democracia. “A prática adotada pelo Presidente da República, com a chancela do presidente do Senado, de interferir na eleição da Mesa Diretora da Casa Legislativa, é uma clara interferência ao princípio da independência e harmonia dos Poderes”, defende.
Leia também: ‘Crime’: parlamentares reagem à compra de votos de Bolsonaro para eleger Lira e Pacheco
Procurado, Pacheco informou, por meio de sua assessoria, que não vai comentar porque desconhece o teor da representação e porque a representação cita o presidente do Senado.
A assessoria de Davi Alcolumbre (DEM-AP) informou que ainda não foi comunicada oficialmente, mas afirma que o assunto é “interna corporis”.
Com informações da CNN Brasil