Socialistas reagem ao escândalo das revelações do dono do BTG Pactual

Socialistas do PSB reagiram ao áudio vazado do banqueiro André Esteves, que revelou a influência do dono do BTG Pactual sobre o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, sobre o Banco Central e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante conferência interna do banco, Esteves disse ter sido procurado por Lira no dia em que quatro secretários do Ministério da Economia pediram demissão.

Ao Socialismo Criativo, o deputado Camilo Capiberibe (PSB-AP) afirmou que as declarações do banqueiro “confirmam o que já está claro”.

“Quem está ditando as pautas prioritários, quem promoveu o rompimento democrático e porquê quem não está habituado e não quer viver numa sociedade capitalista produtiva e redistributiva, e a quem interessa ter um presidente da república fraco e incapaz”, enfatiza.

O parlamentar lembrou ainda o golpe que tirou do cargo a então presidenta Dilma Roussef (PT) e os desdobramentos para a população.

“Todos sabemos que o que motivou o golpe de 2016 não foi o combate à corrupção, mas foram as políticas de inclusão, o combate à corrupção e os valores mais atrasados de um segmento da sociedade brasileira que sequer aceita uma mulher como mandatária da Nação escolhida democraticamente. A política que se adotou a partir de 2016 empobreceu o país e a maioria do povo brasileiro. Facilitou o saque às riquezas nacionais e reduziu o tamanho do Brasil”, pontua Camilo.

Para o parlamentar, “o que governa o Brasil hoje não representa equilíbrio, por mais que se chame de centro, mas uma sociedade arcaica, retrógrada, ainda mais desigual e injusta”.

“O dono do BTG afirma isso e fica claro que para a maioria da sociedade brasileira, democrática, cidadã, produtiva, é importante barrar esse modelo atrasado e retomar o que pretendemos como sociedade moderna, democrática e de bem-estar social”, defende.

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Para o presidente do PSB, Carlos Siqueira, reagiu à justificativa de Lira.

Ao Brasil 247, que revelou as falas do banqueiro, o presidente da Câmara confirmou que conversa com André Esteves, mas negou influência.

“Eu falo com o André Esteves, com a XP e com todo o mercado. É esse mercado que define a taxa de juros, o dólar e muita coisa que afeta a vida de muitos brasileiros”, justificou.

Porém, ele refutou a afirmação de Esteves sobre exercer influência nas decisões da Câmara.

“Quem pauta a Câmara sou eu”, declarou Arthur Lira.

Com informações da Fórum