Após atraso na logística do Ministério da Saúde em relação ao plano de vacinação nacional da Covid-19, a maioria das capitais do Brasil terão que lidar agora com o fim do imunizante. De acordo com levantamento feito pela Folha de S. Paulo, 17 das 27 cidades (incluindo o Distrito Federal) esgotarão as doses da vacina até 31 de janeiro.
Apenas Goiânia e Recife estimam um tempo maior de duração do primeiro lote da vacina, de três semanas, e o restante não tem previsão. De acordo com o prefeito João Campos (PSB), Recife já vacinou 4.848 pessoas dos grupos prioritários em três dias.
Quatro desses municípios já estão usando todas as vacinas disponíveis e, portanto, dependem da chegada de mais frascos para ministrar a segunda dose daqui a duas a três semanas.
As capitais somam 1,4 milhões de unidades da Coronavac recebidas, de um total de 6 milhões importadas e distribuídas nesta semana. Considerando que as próximas levas de imunizantes que o Brasil planeja disponibilizar têm quantidade parecida, eles também não devem durar muito.
Vacina da Índia
Nas próximas semanas o país deve conseguir mais 6,8 milhões de doses, com o sinal verde da Índia para a exportação de 2 milhões da vacina de Oxford/AstraZeneca e a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de outras 4,8 milhões da Coronavac.
Depois disso, o Brasil só terá mais doses quando a China permitir o envio dos insumos necessários para que o Instituto Butantan e a Fiocruz processem os dois imunizantes. A fundação no Rio de Janeiro estima que conseguirá entregar as primeiras remessas apenas em março.
Diante da escassez de vacinas e da desorganização da pasta comandada pelo general Eduardo Pazuello, todas as capitais têm seguido a orientação de priorizar os profissionais de saúde que atuam na linha de frente contra a Covid-19 e os idosos que vivem em instituições de longa permanência, de maneira geral.
Com informações da Folha de S. Paulo