![Abraham Weintraub](https://www.socialismocriativo.com.br/wp-content/uploads/2020/05/educacao_abraham_weintraub_comissao_de_educacao_cultura_e_esporte_do_senado1102209503_0-1024x613.jpg)
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, preferiu entregar por escrito seu depoimento para o inquérito que apura o crime de racismo contra chineses. Marcado para as 15 horas desta quinta-feira (4), Weintraub deveria ser ouvido na sede da Polícia Federal, em Brasília, mas manteve o silêncio sobre a polêmica declaração feita em abril, em seu perfil no Twitter.
A tática tem sido recorrente. No fim de maio, Weintraub também ficou em silêncio ao depor à PF sobre fala de que botaria ‘vagabundos’ do STF na cadeia.
Na postagem, o chefe do MEC trocava as letras “r” por “l”, ridicularizando o sotaque de chineses ao falar português. Na mesma publicação, o titular da Educação também insinuava que a China sairia “fortalecida” da crise causada pela pandemia do coronavírus.
“Quem são os aliados no Brasil do plano infalível do Cebolinha (personagem criado por Maurício de Sousa) para dominar o mundo?”, dizia a postagem Weintraub, apagada na sequência. A imagem mostrava os personagens da Turma da Mônica na Muralha da China.
Ontem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, havia negado o pedido feito pelo ministro para escolher data e horário em que seria ouvido. O decano da Corte apontou que essa prerrogativa só vale para testemunhas e vítimas – e Weintraub é investigado.
A investigação foi aberta ainda em abril pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Dias depois, Weintraub afirmou que poderia pedir perdão pela publicação caso a China se comprometesse a fornecer respiradores ao Brasil.
Possível demissão
Em Brasília, crescem os rumores de que Weintraub deverá pedir demissão até o fim desta semana.