
Após consecutivos desentendimentos com o governo federal, o embaixador da China em Brasília, Yang Wanming, disse que o país pressiona pela demissão do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para liberar os insumos. As informações são do jornal Gazeta do Povo.
Os constantes ataques do ministro ao governo chinês desagradaram os asiáticos que pedem pela demissão do chanceler e por uma sinalização positiva do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com ao menos um comunicado destacando a boa relação entre os dois países.
De acordo com informações do jornal, o embaixador chinês ressaltou que sempre existiu uma boa relação entre os dois países porém, com Ernesto Araújo no comando da pasta essa relação estaria estremecida. “Com o Ernesto nós não conversamos mais”, teria afirmado Yang Wanming.
A China é o principal fornecedor dos insumos para a fabricação das vacinas contra a Covid-19 do Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), em acordo com a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca.
Na última quarta-feira (20), representantes do país asiático participaram de reuniões com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e da Saúde, Eduardo Pazuello.
Mudança de postura de Araújo
Após essa reunião, Bolsonaro teria procurado contato com o presidente chinês Xi Jinping sem a intermediação de Ernesto, de acordo com a Folha de S.Paulo. Apesar das pressões para sua demissão, no entanto, o presidente lhe deu uma nova chance no cargo, mas auxiliares já receberam sinal verde para discutir possíveis substituições.
Ainda de acordo com a Folha, o nome do ex-presidente Michel Temer voltou a ser defendido por alguns ministros, assim como o do embaixador do Brasil na Índia, André Corrêa Lago, que ajudou na negociação da liberação do transporte das vacinas Oxford/AstraZeneca.
Em uma live semanal na noite desta quinta-feira (21), Bolsonaro convidou Ernesto na tentativa de atenuar os conflitos com o ministro. “Quem demite ministro sou eu. Ninguém me procurou, nem ousaria me procurar no tocante a isso”, disse Bolsonaro na live. O chanceler disse que “tem gente que quer ver uma crise, criar invenções onde não existe”.
Com informações da Gazeta do Povo e Folha de S. Paulo
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