
O Movimento Negro Unificado (MNU) conseguiu que a própria Defensoria Pública da União (DPU) atue em favor do Magazine Luiza depois de tê-la processado e cobrado R$ 10 milhões por causa do programa de trainee da rede lojista.
Agora, o órgão não apenas acusará a Magalu, mas também será obrigado a fazer sua defesa, numa situação inédita, informa a jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.
Anteriormente, o defensor público da União, Jovino Bento Júnior, homem branco, entrou com uma ação civil pública na Justiça do Trabalho contra a Magalu por conta do que ele classificou como “marketing da lacração” contra o programa de trainee para negros do Magazine Luiza.
Na última quinta (8), foi protocolada na 15ª Vara do Trabalho de Brasília uma petição em que a ONG Educafro e o MNU solicitam ingresso na ação como amicus curiae (amigo da corte) junto à DPU, em defesa da Magalu.
“É justamente no plano econômico que a desigualdade entre os diversos povos que compuseram a estrutura étnica brasileira mostra-se mais latente e, justamente neste prisma, se faz necessária a aplicação da ação afirmativa”, destaca o ofício.
Leia também:
Ação contra Magalu é um capítulo da crise civilizatória, avalia Silvio Almeida
‘