O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de um encontro na Igreja Evangélica Lagoinha, em Orlando (EUA), onde disse uma frase sem pé nem cabeça. Bolsonaro começou afirmando que o mundo enfrenta o pós-pandemia e as consequências da guerra da Ucrânia para emendar: “O primeiro momento a gente vive, o segundo é mais complexo. Entendo em muitos países estar havendo uma luta do bem contra o mal”.
E seguiu afirmando que “nós somos contra o aborto, a ideologia de gênero, a legalização das drogas, defendemos a família, a propriedade privada, a liberdade do armamento, somos pessoas normais. Podemos viver até sem oxigênio, mas jamais sem liberdade“.
O presidente ainda se vangloriou de ter sido, talvez, o único chefe de Estado contra o lockdown, e que isso seria defender a liberdade.
“Comprei as vacinas pra quem quis, e não obriguei que ninguém as tomasse”, afirmou para reforçar a liberdade individual como seu princípio. Porém, se isso vale, porque então não defender a liberdade da mulher em relação aos seus direitos reprodutivos?
Bolsonaro esticou sua viagem à Cúpula das Américas, em Los Angeles até Orlando – mais de 3,5 mil quilômetros de distância do evento oficial que foi participar – onde faz agendas de campanha neste final de semana, como essa na igreja.
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Depois, ele seguiu para uma motociata e ainda para o Primeiro Congresso Conservador da Flórida, encontrando o foragido da Justiça Allan dos Santos. A viagem, nas redes, tem sido chamada de ‘Mamata na Disney’.
Segundo a agenda oficial, Bolsonaro foi inaugurar um Vice-Consulado do Brasil em Orlando, que não requer a presença de um presidente da República. De acordo com o Itamaraty, o Vice-Consulado ficará subordinado ao Consulado-Geral em Miami e deve atender os cerca de 180 mil brasileiros que moram na região. Bolsonaro entregou um passaporte para uma criança brasileira de sete anos, que nasceu em Orlando (foto).
Acompanham Bolsonaro em Orlando, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), seu filho Eduardo Bolsonaro e Daniel Silveira, condenado a 8 anos e 9 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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Por Dri Delorenzo