
O jornalista Luis Nassif avalia, no Jornal GGN, que o desempenho da indústria nacional foi “sofrível” ao longo do mês de novembro do ano passado. “A indústria geral caiu 0,09%; a extrativa caiu 1,48% e a de transformação cresceu 0,14%. Em relação a 12 meses atrás, a indústria geral caiu 1,37%”, destaca.
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Ainda segundo ele, “a análise de 120 meses traz resultados preocupantes. Nesse período, a indústria geral caiu 1,14%, a extrativa caiu 14.15% e a de transformação caindo 14,69%. Nesse período houve alta em apenas 3 setores e queda em 25”.
No texto, Nassif também destaca a queda expressiva de alguns setores da economia, como o setor de preparação de couro e fabricação de artefatos de couro que encolheu 31,7%, e a retração de 43,3% na confecção de artigos de vestuário e de 38,1% de produtos têxteis.
Alckmin prega protagonismo da indústria brasileira
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) assumiu, na última quarta-feira (4), o comando do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) — pasta recriada a partir do desmembramento do Ministério da Economia. A cerimônia de posse contou com a participação do presidente Lula (PT), do presidente do PSB, Carlos Siqueira, além de outros ministros do novo governo, integrantes de cortes superiores, políticos, embaixadores e empresários.
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Em sua fala, Alckmin disse que a retomada do protagonismo do setor industrial é fundamental para a retomada sustentada do crescimento econômico do país. “A indústria brasileira precisa urgentemente retomar seu protagonismo, expandindo sua participação no PIB”, afirmou.
O vice-presidente, e agora também ministro, exaltou as duas palavras presentes no slogan do governo — União e Reconstrução —, como passos fundamentais neste processo.
“União, porque o esforço de reindustrializar o Brasil e de aperfeiçoar ainda mais nossa agroindústria e todo o parque industrial, agregando-lhes mais valor, e de incluir os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros em nossa economia, não são tarefas episódicas, mas uma obra de todo o governo, comprometido com um futuro melhor e mais justo”, declarou.
“E de reconstrução, porque, depois de quatro anos de descaso, de má gestão pública e de desalinho com os reais problemas brasileiros, o presidente Lula, com acerto, determinou a recriação do MDIC como uma medida fundamental para o Brasil retomar o caminho de seu desenvolvimento”, continuou. Alckmin também desferiu duras críticas ao legado deixado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas em outubro de 2022.