
Ex-assessores do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz, sua família, e parentes do miliciano Adriano da Nóbrega receberam ao menos R$ 442,8 mil em auxílio-alimentação à época em que eram servidores do gabinete. A informação foi divulgada neste domingo (23) pelo jornal O Globo.
Como o auxílio-alimentação é depositado diretamente na conta do servidor, não há registro dos valores ou desconto nos contracheques. Os dados de quanto cada funcionário recebia de auxílio – por fora do salário – foram obtidos pelo jornal por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
De acordo com o jornal, além de Queiroz, receberam auxílio-alimentação a sua mulher, Márcia Aguiar, suas filhas, Nathália e Evelyn, e também a enteada, Evelyn Mayara. Juntos, Queiroz e seus familiares receberam ao menos R$ 338 mil.
O valor, no entanto, pode ser maior, informou O Globo. Isso porque a Alerj só tem informações individuais sobre o benefício a partir de 2011, e Queiroz, Márcia e Nathália foram nomeados em 2007. De acordo com o jornal, houve meses em que o benefício pago a Queiroz chegou a R$ 2.740,50.
Já os familiares do miliciano e ex-capitão do Bope, Adriano da Nóbrega, receberam, juntos, R$ 104,7 mil em auxílio-alimentação. Receberam o benefício a ex-mulher de Adriano, Danielle Mendonça, e a mãe do miliciano, Raimunda Veras. Esse valor também pode ser maior, já que Danielle também foi nomeada em 2007 – ela ficou 11 anos empregada no gabinete de Flávio. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) suspeita que Danielle e Raimunda eram, na verdade, funcionárias fantasmas.
Queiroz está no centro da apuração sobre a suposta prática de “rachadinha”, montado no gabinete de Flávio Bolsonaro, também investigado, quando ele ainda era deputado estadual. Desde que foi nomeado para o gabinete do primogênito de Jair Bolsonaro (sem partido), Queiroz conseguiu garantir uma onipresença de familiares na Alerj. Quando um parente dele era exonerado, outro entrava no lugar.
Com informações de O Globo e Extra