A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou na tarde desta segunda-feira (23), em coletiva à imprensa, que o partido ainda trabalha na aproximação com o PROS, Avante, MDB e PSD para ampliar a unidade em torno da chapa Lula-Alckmin.
Os sete partidos que compõem o chamado movimento Vamos Juntos pelo Brasil (PT, PSB, Solidariedade, PSOL, PCdoB, PV e Rede) estiveram reunidos hoje para traçar a linha da pré-campanha e da campanha do ex-presidente Lula e do ex-governador Geraldo Alckmin.
“Em um esforço conjunto de todos os partidos aqui presentes temos feito um esforço conjunto para conversar com o PSD e o MDB para ampliar nossa unidade nessa eleição que será a democracia contra o autoritarismo”, disse.
Ao lado do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, Gleisi afirmou que a maior dificuldade em relação às duas siglas tem sido fechar nos Estados para alcançar o maior número de apoio ainda no primeiro turno.
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“No PSD temos conversado diretamente com o [Gilberto] Kassab para fazer o maior as composições e fechar nos Estados”, conta.
Quanto ao MDB, Gleisi afirmou que há uma boa aproximação com a sigla no Nordeste, mas ressaltou que como o partido tem candidatura própria a aproximação é feita cautelosamente.
“Nós temos esperança, mas respeitamos muito a candidata do MDB, a [senadora] Simone Tebet, e aguardamos como eles vão encaminhar essa questão da candidatura”, disse Gleisi.
“Só falta o PDT”, diz Gleisi
Durante a coletiva, Gleisi Hoffmann disse que o PT considera a possibilidade de um apoio futuro de Ciro Gomes (PDT) e uma possível migração de votos do PDT para a chapa Lula-Alckmin.
“Nós temos muito respeito a legitimidade dos partidos a apresentarem candidaturas próprias, mas não sabe, mas não sabemos se a candidatura do Ciro vai até o fim ou não, essa decisão cabe ao PDT, mas se Ciro não for candidato vai haver uma migração de votos para Lula e Alckmin, não tenho dúvidas.”
Gleisi foi também questionada sobre o posicionamento dos partidos aliados à Lula sobre a desistência de João Doria (PSDB) de sua candidatura à presidência da República. “Não vou fazer nenhuma avaliação sobre o Doria e ainda não conversamos sobre esse assunto”, finalizou.
“Campanha será muito judicializada”
Outro assunto que foi discutido durante a coletiva, foram as estratégias de Lula e Alckmin no enfrentamento das fake news.
Gleisi Hoffmann afirmou que a chapa mobilizou o jurídico e criou um site, o Verdade na Rede, para esclarecer fake news que sejam propagadas durante a pré-campanha e a campanha.
“Não temos dúvidas de que essa será uma campanha muito judicializada porque é uma estratégia recorrente de Bolsonaro e seus apoiadores a propagação de fake news”, avaliou.
A petista falou ainda sobre a preocupação com o aplicativo de mensagens Telegram, que segue sem apresentar estratégias de combate às fake news.
“O que nos preocupa é o Telegram que ainda não tem escritório no Brasil e tem atuado como terra de ninguém. Precisamos cobrar que o TSE pressione para que eles possam se adequar”, disse.