A ação ilegais protagonizada neste domingo (30) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) que acontece nas estradas brasileiras com ações que dificultando o transporte de eleitores começou a ser articulada em 19 de outubro no Palácio da Alvorada. Segundo informações do jornal O Globo, o núcleo duro da campanha de Jair Bolsonaro se reuniu na residência oficial do presidente e traçou as ações fundamentais que devem ser tomadas na reta final do segundo turno.
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Uma delas era justamente a ação que está sendo feita desde a madrugada de hoje: os chefes dos órgãos que auxiliarão a Justiça Eleitoral, como as Forças Armadas, PF e Polícia Rodoviária Federal, seriam instruídos para que os seus comandados ficassem atentos ao transporte irregular de eleitores, sobretudo no Nordeste.
As ações, orquestradas pelo núcleo duro de Bolsonaro, não tinham intenção de fiscalizar e sim tumultar e impedir eleitores de exercerem o direito ao voto.
50% das operações ilegais da PRF aconteceram no Nordeste
A Polícia Rodoviária Federal descumpriu ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e realizou neste domingo (30), dia da votação do segundo turno, pelo menos 560 operações de fiscalização contra veículos fazendo transporte público de eleitores.
O número de manifestações consta em controle interno da PRF. A notícia foi publicada inicialmente pelo jornal Folha de S. Paulo.
Segundo detalhamento obtido pela TV Globo, as primeiras 549 operações registradas se distribuíam da seguinte forma pelo país:
- 272 operações no Nordeste (49,5% do total);
- 59 no Norte (10,7%);
- 48 no Sudeste (8,74%), e
- 48 no Sul (8,74%).
No sábado (29), o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, proibiu que a PRF realizasse qualquer operação relacionada ao transporte público de eleitores no domingo, para não atrapalhar a votação.
Diante de relatos de que as operações estavam ocorrendo, em especial no Nordeste, Moraes intimou o diretor da PRF, Silvinei Vasques, a interromper imediatamente as ações de fiscalização. Se Silivinei não cumprir, pode ser multado em R$ 100 mil a hora, ser afastado das funções e ser preso.