Depois de dois dias em Brasília, o ex-técnico da seleção brasileira e hoje pré-candidato a senador pelo PSB por Tocantins, Vanderlei Luxemburgo, retornou a Palmas respaldado pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e fortalecido em sua candidatura ao Senado Federal.
Na conversa com Carlos Siqueira, de quem ouviu palavras de estimulo e total apoio a sua candidatura ao Senado Federal, Luxemburgo reafirmou sua disposição de fortalecer o PSB no estado. Durante a reunião, Siqueira e Luxemburgo fizeram uma análise da conjuntura nacional e do Tocantins.
Luxemburgo conversa com Alckmin
No encontro em Brasília, Luxemburgo conversou com o pré-candidato à vice-presidência ao lado de Lula (PT), Geraldo Alckmin. O socialista foi convidado por Luxemburgo a visitar o estado do Tocantins durante a campanha. Ao agradecer o convite, Alckmin garantiu que atenderá o convite.
Wanderley Luxemburgo também se encontrou com Lula, com quem conversou durante o ato político na noite da última terça feira (12). Os dois são amigos de longa data.
Luxemburgo encontrou-se ainda com vários outros dirigentes nacionais que manifestaram total apoio a sua pré-candidatura como o deputado Alessandro Molon, o vice-presidente da Fundação João Mangabeira e presidente do Conselho de Ética do PSB, Alexandre Navarro, o secretário nacional dos Movimentos Populares do PSB, Acilino Ribeiro, a secretária especial do partido, Mari Trindade, e a subsecretária nacional do MPS e secretária geral da Confederação Nacional de Trabalhadores Rurais (CONTAG), Thaisa Dayane.
Ao visitar a CONTAG, Wanderlei Luxemburgo foi recebido por toda a diretoria da entidade com bastante entusiasmo e recebeu manifestações de carinho dos sindicalistas presentes. Ele foi acompanhado por Thaisa Dayane, pelo vice-presidente da instituição Alberto Bloch e pela secretária de mulheres, Mazé Moraes.
Ligação com bolsonaristas não será aceita
Ao final da viagem, Luxemburgo retornou entusiasmado com as palavras de Siqueira e Alckmin, que garantiram o apoio necessário e recomendações de que o partido não aceite qualquer aproximação com candidaturas bolsonaristas como foi ventilado por alguns pré-candidatos a governador do estado.
Dirigentes nacionais afirmaram que qualquer tentativa de aproximação do PSB com grupos ou partidos bolsonaristas no estado, como a imprensa do Tocantins vem afirmando, será rechaçada pela Executiva Nacional do partido.
Indagado sobre quem poderia ser o candidato a governador apoiado pelo PSB, Luxemburgo respondeu que “quem decide é a Convenção do Partido, desde que sob as orientações estratégicas partidárias nacionais e dentro dos princípios éticos e históricos do PSB”, confirmando seu alinhamento com a direção nacional.
Filiação de Luxemburgo
Luxemburgo assinou ficha de filiação ao PSB em março deste ano, em uma cerimônia no auditório Miguel Arraes, na sede do partido, em Brasília. Natural de Nova Iguaçu (RJ), Luxemburgo é um dos mais vitoriosos treinadores da história do futebol mundial. Como técnico, conquistou cinco campeonatos brasileiros, nove paulistas, uma Copa do Brasil, uma Copa América pela seleção e diversos estaduais Brasil afora em diferentes times, totalizando 48 títulos ao longo de toda a carreira.
Na ocasião, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse estar muito feliz com a entrada do novo filiado, “que dispensa apresentações” pelos serviços que prestou no mundo do futebol. “Temos muita alegria e muita honra de recebê-lo nas fileiras do PSB. Luxemburgo terá o nosso apoio irrestrito. É uma pessoa sabidamente progressista, que está afinada com a decisão do PSB no apoio à candidatura do presidente Lula. Certamente ele dará a sua grande contribuição ao partido e ao povo brasileiro”, afirmou.
A solenidade contou com a participação do presidente estadual do PSB-TO, o ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha, do ex-governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg e do ex-juiz e autor da Lei da Ficha Limpa, Marlon Reis.
De origem humilde, Luxemburgo é neto de um ferroviário sindicalista que lutou pela democracia no país e foi exilado pela ditadura militar. Seu sobrenome, conhecido internacionalmente, é uma homenagem à Rosa Luxemburgo, revolucionária marxista nascida na Polônia e uma das fundadoras do Partido Comunista alemão. Rosa Luxemburgo é também o nome da mãe do técnico, dado por seu avô. Ela era uma grande admiradora da filósofa, economista e militante política.
Na época, após assinar a ficha de filiação, Luxemburgo traçou um paralelo com a política e o mundo do futebol. Segundo ele, um técnico de seleção faz a gestão não só de um time de 40 jogadores, mas de uma torcida inteira. Para Luxemburgo, um político deve também ser um bom gestor. “O político é também um gestor. Tem que saber gerir o que ele está ali governando”, afirmou Luxemburgo, que tem conhecido de perto nos últimos anos as necessidades dos tocantinenses, tendo percorrido mais de 100 municípios do Estado.
“Algo que aprendi no futebol e na política não vai ser diferente. O ‘eu’ é egoísta. Quando você fala ‘eu quero isso, eu quero aquilo’, está sendo egoísta. O ‘eu’ é pra você. Quando você trabalha em um grupo, o ‘nós’ é fundamental. Então, eu estou sendo convocado para um projeto que eu tenho certeza que vai dar certo”, afirmou.
Com informações do site Justiça Sem Fronteiras